Perdida por entre palavras soltas, imaginadas na certeza incerta dos pensamentos vagos, deixo que o meu espírito flua livremente e, assim, reencontre a paz de uma liberdade (des)conhecida e querida, semeada nos ventos de mudança e, quiçá, de bonança que trazem para junto de mim a temperança de um horizonte já não tão desconhecido.
Escrevo e deixo-me levar, enebriada pela súbita inspiração que me transporta além de mim e de quem sou, me faz (re)nascer mil vezes e morrer outras tantas, (re)aprendendo a cada instante a doce melodia de viver.
Por entre palavras soltas, encontro-me e deixo-me perder novamente, seja pelo gesto ou simplesmente pela doçura da leveza do aparo que desliza suavemente pelas linhas impressas na folha de papel outrora imaculado e agora marcado pelo cunho da minha caligrafia.
Rosália, 16/08/2007
Os meus cantinhos