Percorro o teu corpo e sinto-o em mim, em cada curva delineada, cada movimento que fazes enquanto dormes.
Na tua respiração, sinto o sopro de uma vida que inesperadamente se cruzou com a minha e faz agora parte dos meus dias.
Nas tuas mãos, encerra-se o toque que me rouba de mim, fazendo-me percorrer mil imaginários quando te refugias por entre as ondas adormecidas do meu cabelo.
Nos teus olhos fechados, um admirável mundo novo repleto de momentos que ainda não vivemos mas que ousamos descobrir a cada instante.
Abraço-te e é no silêncio da noite que nos envolve que te olho dentro de mim e se revela uma vez mais tudo quanto ouso sentir ainda que não dizer.
Rosália, 05/10/2007
Os meus cantinhos