Love's Divine
Seal
Then the rainstorm came, over me
And I felt my spirit break
I had lost all of my, belief you see
And realized my mistake
But time through a prayer, to me
And all around me became still
I need love, love's divine
Please forgive me now I see that I've been blind
Give me love, love is what I need to help me know my name
Through the rainstorm came sanctuary
And I felt my spirit fly
I had found all of my reality
I realize what it takes
'Cause I need love, love's divine
Please forgive me now I see that I've been blind
Give me love, love is what I need to help me know my name
Oh I, don't bet (don't bend), don't break (don't break)
Show me how to live and promise me you won't forsake
'Cause love can help me know my name
Well I try to say there's nothing wrong
But inside I felt me lying all along
But the message here was plain to see
Believe me
'Cause I need love, love's divine
Please forgive me now I see that I've been blind
Give me love, love is what I need to help me know my name
Oh I, don't bet (don't bend), don't break (don't break)
Show me how to live and promise me you won't forsake
'Cause love can help me know my name
Love can help me know my name.
Dizer que a vida é cheia de surpresas, actualmente, é muito mais do que um lugar-comum; de facto, perante os tempos que correm, tal constatação terá, a meu ver, ganho a designação de facto consumado.
É certo, também, que dado o seu carácter inesperado (ou não seriam surpresas) a forma como têm lugar nem sempre é a esperável ou desejável. Entre ficar atónito ou reagir brusca e violentamente (por dor ou júbilo, raiva ou tão só exaltação), resta a cada um de nós actuar de acordo com a sua própria personalidade (e consciência), estabelecer os seus juízos de valor perante a situação (ou não) e prosseguir.
Ainda assim, diz-se, o tempo é o melhor mestre: por ele tudo passa; através da sua passagem tudo se cura, independentemente da distância que possa mediar entre cada uma destas afirmações.
Posso afirmar que me encontro perante um ponto de viragem na minha vida que foi (ainda é e será durante o tempo estritamente necessário - sei-o bem) muito mais do que uma surpresa. Mais do que aprender a viver com a situação, há que apreender tudo o que da mesma possa advir para o meu próprio proveito, em termos de enriquecimento e evolução pessoal.
Nem sempre, contudo, a coragem para enfrentar desafios como este com que agora me deparo é óbvia, imediata ou sequer se faz sentir. No entanto, naqueles momentos em que a tristeza ameaça imperar e vencer, há pequenos grandes nadas que me dão novo alento para enfrentar e superar todo e qualquer obstáculo, como a bênção de poder observar um sorriso inesperado...
Então, como agora, sei que a vida é assim mesmo, uma eterna caixinha de surpresas por descobrir.
Enquanto prossigo, questiono-me (-vos): Qual será a próxima?
Beijos a todos. Boa semana.
Rosália :*)
Dizem que o miosótis é a flor da saudade... Talvez seja. É também azul, a minha cor preferida. Acima de tudo é a flor da tua eleição, aquela que nunca consegues vislumbrar.
Toma-a agora, é tua. Sempre que a olhares, recorda-a e sente as saudades que tenho de ti a cada minuto que passa.
Ouve a música que aqui te deixo e escuta a minha voz, pois é para ti que a sussuro no escuro da noite vazia que sem ti me abraça.
Estarás sempre comigo, meu amor...
Fix you
Coldplay
When you try your best but you dont succeed
When you get what you want but not what you need
When you feel so tired but you cant sleep
Stuck in reverse
And the
When you lose something you cant replace
When you love someone but it goes to waste
Could it be worse
And ignite your bones
And I will try to fix you
And high up above or down below
When youre too in love to let it go
But if you never try youll never know
Just what youre worth
And ignite your bones
And I will try to fix you
When you lose something you cannot replace
And i
I promise you I will learn from my mistakes
And i
And ignite your bones
And I will try to fix you
Paro.
Inspiro lentamente e olho à minha volta.
Ao meu redor nada mais do que o espaço de uma sala vazia. As paredes, lisas e brancas, cegam-me na sua nudez. Uma única janela, pequena, quase minúscula, esta lá mais ao fundo, na minha direcção. O chão, polido por anos consecutivos de passos e desgastado pelo tempo, deveras escorregadio, inibe-me os movimentos, os passos que sei serem necessários para poder atingir aquela luz, tão perto e ao mesmo tempo tão longínqua, de que preciso tanto ou mais do que uma inspiração que me dá o ar e me permite respirar, logo, viver.
Rodo lentamente sobre o meu próprio eixo neste nada que é tudo o resto. O mundo está ali, além daquela janela, além deste sítio que tenho como meu e no qual me sinto em segurança.
Penso.
Em tudo e em todos. Em tudo o que me é querido. Em todos aqueles a quem mais amo.
Questiono-me.
Será viável abandonar tudo isto em prol de um objectivo maior, egoísta talvez, que é o alcançar daquela janela, sendo que para tal terei de sair daqui, onde o chão é firme, e pensar por e para mim?
Hesito.
E se escorregar? Se cair? Se tiver de magoar alguém para atingir a luz e, em última análise, a liberdade?
Valerá a pena arriscar e SER EU ou é mais seguro permanecer no SER ASSIM?
Um poeta disse, um dia, "tudo vale a pena quando a alma não é pequena". Palavras sábias apenas suplantadas pelo incentivo cego e premente de quem verdadeiramente me ama e que, sei-i, ainda que eu caia, lá estará para me amparar.
Um passo.
Avanço. Agora não há volta a dar. À parte tudo quanto possa acontecer, sei que tenho de alcançar aquela luz que me guia e motiva.
Escorrego.
A estranheza perante a falta de medo de quebrar o que era tido como inquebrável - às vezes uma simples postura de submissão e aceitação tidas como perenes e intocáveis - é muita e, até mesmo, mal recebida.
Estremeço.
Ao embater contra este rumo, procurando forçar a existência do que já passou e ficou para trás. Os piores obstáculos que temos de enfrentar num caminho como este são os inesperados e há-os por demais.
Caio.
Dizem que o que não nos mata torna-nos mais fortes, porque aprendemos. Na minha queda, a dor da pancada dupla dos embates sucessivos ao atingir o chão faz-me soltar lágrimas e sentir perdida.
Preservero.
Não vou desistir. Vou escorregar e cair mais vezes; se calhar, até mesmo partir algo mais que não apenas o meu coração. Contudo, nada é impossível nem inalcançável.
Sei.
Um dia vou atingir a luz branca. Já dei muitos passos desde então e a distância encurtou-se bastante. A cada um a liberdade é maior. Quando abrir aquela janela, voarei e, afirmo, serei uma pessoa melhor pois, doa a quem doer, serei EU!
Rosália
Os meus cantinhos