Céu azul, de um azul tão claro, límpido e brilhante que parece ferir a vista de quem ousa contemplá-lo. Faz-me lembrar a luz do teu olhar quando se cruzava com o meu, fazendo-me mergulhar num turbilhão que me envolvia a cada toque, vivido no êxtase de te sentir ali, bem junto a mim.
Calor, uma sensação de conforto e quietude que julgava perdida há muito, envolve-me e recorda a imensidão do teu abraço apertado e sentido em cada centímetro da minha pele que nele se perdia, lânguida e impunemente, sob a mestria do teu toque doce e subtil.
Sinto a brisa de um suspiro comum, meu e teu, quando nos perdemos por entre o que sabemos querer, o desejar ir ainda mais além, perdendo-nos em nós e num momento sem igual, deixando-nos navegar ao sabor de uma aragem leve e melancolicamente terna.
É então que me ergo, como se de repente tudo aquilo que sonhei se concretizasse e, num instante, o meu dia ganhasse nova vida e um maior alento, pois este dia sonhado que és tu não se realizará mas será para sempre acalentado no calor de uma memória terna e, quem sabe, fugaz que permanece no meu íntimo como a recordação de algo que foi não o sendo e se viveu ainda que sonhando.
O dia que és tu enche todos os meus dias e essa é, muitas vezes, a minha força e o meu tormento.
Rosália, 16/03/2007
Sentada à beira do oceano da minha alma, observo as ondas revoltas do meu espírito, enquanto aquelas se erguem, imponentes e grandiosas, momentos antes de embaterem violentamente contra as rochas implacáveis de uma razão que teima em permanecer inabalável perante toda uma torrente por demais tortuosa de um sentimento que guardo, secreta e veladamente, dentro de um coração que persiste em bater sob o areal de todo o meu ser.
Ainda que subrepticiamente, estás aqui. Nunca deixaste de estar, ainda que muito o tenha negado.
Sinto-me perdida em mim e perante toda esta imensidão que se me afigura imensurável e tantas vezes incompreensível.
Ao longe, avisto o Sol que se deita tranquilamente sob o horizonte. Ou será antes o adivinhar de uma nova e prometedora alvorada?
Só tu o podes saber. Só eu o poderei descobrir.
Espero.
Dias melhores virão.
Parabéns à amiga que faz parte da minha vida.
Parabéns à mulher que luta incansavelmente pelo sonho de ser livre e ser feliz, que não deixa nunca de sonhar e procurar um futuro maior e melhor.
Parabéns à mãe, que enfrenta todos os obstáculos pelas suas crias, os meus sobrinhos lindos, e as defende com garras de leoa.
Parabéns à trabalhadora empreendedora que luta por se afirmar e nunca deixa uma situação menos boa para trás, enfrentando tudo e todos.
Parabéns à sonhadora que acredita na realidade do amor e de todas as coisas que cremos serem impossíveis no mundo cada vez mais hostil em que vivemos.
Parabéns a ti!
Adoro-te meia-leca ;)!
Rosália, 10/03/2007
Por estes dias, esta música parece fazer cada vez mais sentido.
Seja pela teimosia, pelo orgulho ou simplesmente pelo sentimento de que, agora, não vou ser eu a ceder, a dizer que sinto a tua falta, falta do teu toque e do teu carinho.
Tenho saudades tuas.
Dido
Flames to dust.
Lovers to friends.
Why do all good things come to an end?
Nelly Furtado (All Good Things Come To An End)
Palavras simples estas que ecoam na minha mente, ao som de uma melodia suave e ainda assim cativante.
Por que será que tudo o que é bom acaba e, quase sempre, as coisas menos boas insistem em perdurar?
Rosália, 03/03/2007
Por incrível que pareça, há já dois anos que me deixo cativar por estas lides bloguísticas e, com mais ou menos entusiasmo, cá vou continuando, dando forma a pensamentos e estados de alma que, reconheço, nos últimos tempos não têm sido os mais felizes.
Ainda assim, conforme afirmo no cabeçalho, este é o meu refúgio, onde liberto o que me vai na alma.
Por quê tudo isto?
Porque hoje faz anos uma das pessoas que mais me tem incentivado a continuar a escrever, quer pela sua amizade como pelo seu exemplo.
As suas palavras, muitas vezes (quase sempre) dirigidas na altura certa, sempre fizeram eco dentro de mim. Do incentivo à escrita ao mais importante de todos, o de continuar a viver e a lutar por ser feliz, este amigo das lides bloguísticas e, sobretudo, de uma vida real que pouco ou nada tem de virtual, tem sido presença constante e um apoio como há poucos.
Para ti, meu amigo do Norte, neste dia de Ano Novo como lhe chamas, tudo de bom e os desejos sinceros de que sejas e continues a ser muito, mas mesmo muito feliz!
Rosália, 01/03/2007
Os meus cantinhos