Bate coração, não falhes agora!
Agruras, alegrias, tristezas e harmonias, todas em ti tiveram lugar!
Anos a fio de vida, de histórias, de contar e ensinar.
Bate coração, não falhes agora!
Vive uma vez mais nos teus semelhantes em nós e dá-nos esperança de que te veremos uma vez mais, a sorrir, a cantar e a todos acompanhar.
Nesta estrada que é a Vida e onde queremos caminhar,
bate coração, não falhes agora!
Sente as nossas lágrimas que te querem avivar, porque te queremos perto de nós para aqui celebrar a vitória que és tu, no nosso sorriso e na nossa força, nas viagens sem parar.
Bate coração, não falhes agora!
Se parares, não saberemos como caminhar...
Rosália, 24/02/2008
... e diz-se que, ao terceiro, é de vez.
Já aqui tenho escrito muitas vezes - escrito, apenas - sobre o tempo e sobre a velocidade impestuosa, infinita e impiedosa do mesmo.
No dia 8 de Fevereiro de 2005, aquele em que este cantinho nasceu para a blogosfera mas, acima de tudo - perdoe-me quem me lê - para mim, nunca ousei pensar que tantas palavras aqui seriam desenhadas, tantas visitas recebidas, comentários feitos.
Aqui, onde escrevo apenas, dou asas à minha escrita, ao meu Eu, ao que penso e sinto, sem medos, sem receios, sem espelhos ou miragens.
No terceiro aniversário deste canto - que não esqueci - não tive oportunidade de deixar algo que marcasse a data, mas redimo-me agora, ao som de uma música que tem marcados os últimos dias.
Escutem além da letra e deixem-se levar pela melodia... que é também escrita, apenas, nos sentimentos que nos carregam e que vivemos em cada dia-a-dia.
Fiquem bem!
Rosália, 21/02/2008
Timbaland & One Republic
I'm holding on your rope,
Got me ten feet off the ground
I'm hearin what you say but I just can't make a sound
You tell me that you need me
Then you go and cut me down, but wait
You tell me that you're sorry
Didn't think I'd turn around, and say...
It's too late to apologize, it's too late
I said it's too late to apologize, it's too late
I'd take another chance, take a fall
Take a shot for you
And I need you like a heart needs a beat
But it's nothin new - yeah
I loved you with a fire red-
Now it's turning blue, and you say.
"Sorry" like an angel, heaven let me think was you
But I'm afraid...
It's too late to apologize, it's too late
I said it's too late to apologize, it's too late
It's too late to apologize, it's too late
I said it's too late to apologize, it's too late
I said it's too late to apologize, it's too late
I said it's too late to apologize, it's too late
I'm holdin on your rope
Got me ten feet off the ground...
Levado pelas ondas do mar, o tempo percorre-se a si mesmo de forma indelével, simultaneamente lenta e veloz.
Entre as diferentes marés desenham-se anos e dias e, no balanço doce que por entre eles sente quem navega, passou quase despercebido o terceiro aniversário deste espaço onde, como concha à beira-mar esquecida, vou escrevendo apenas o que sinto vivo em mim...
No embalo contínuo, de natureza irrequita e intemporal, eterna e ainda assim volátil e efémera, esqueço-me de mim e deixo-me levar, procurando alcançar(-me) e descobrir(-me) a praia onde finalmente repousarei até que nova onda me recolha e me transporte até ao Grande Azul.
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve
Na dor lida sentem bem
Não as duas que ele teve
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa, in Presença, n.º 36, Novembro de 1932
Rosália, 14/02/2008
Os meus cantinhos