Em breve, muito em breve.
Aqui.
Por favor, visitem, comentem e opinem!
As vossas sugestões são sempre bem-vindas!
Rosália, 17/03/2010
Entre as margens das nossas vidas, dos nossos sonhos, de nós...
Pensando no hoje, congeminando o amanhã, interrogando o que ainda não foi. Será?
Entre o balanço e o caminho, sinto-te, cada vez mais, como a Outra Margem de Mim...
Rosália, 15/03/2010
Outra Margem de Mim
Mafalda Veiga
É muito tempo a desejar o tempo
De mudar ventos, levantar marés
É muita vida a desejar o alento
Que faz
Saber ao certo quem és
É funda a toca onde te escondes tanto
Tem a distância entre o silêncio e a voz
A vida rasga bocadinhos gastos do mundo
Vai descascando até chegar a nós
E tu que sabes tanto de mim
Tu que sentes quem eu sou
Dá-me o teu corpo como ponte que me salve
Do que o medo fechou
São muitos dias a perder em vão
Sem nunca entrar dentro do labirinto
É muita vida a não ser o que tu sentes
A planar sobre o que eu sinto
É quase noite, não te escondas mais
Vai desatando até entrar o ar
Dá-me um gesto que me diga o teu fundo
Uma palavra para te tocar
Tu que sabes tanto de mim
Tu que sentes quem eu sou
Dá-me o teu corpo como ponte que me salve
Do que o medo fechou
Tu que sabes tanto do sol
E és uma espécie de outra margem de mim
Olha-me dentro como chão que me agarre
Pode ser esta noite quente
A estrada aberta mesmo à nossa frente
E tu e eu a descobrir o ar
Não é preciso correr
Não é urgente chegar
O que é preciso é viver
No baloiço de corda da minha imaginação, os dias que se tornam meses e até um ano diferente vão passando...
As datas sucedem-se e passam mesmo pelo quinto aniversário deste cantinho da minha vida, da minha memória que até eu julgava esquecido... até hoje.
É tempo de balançar e dar balanço, de viver vivendo, de seguir e aproveitar a vida.
Rosália, 11/03/2010
Balançar
Mafalda Veiga
Pedes-me um tempo
pra balanço de vida
mas eu sou de letras
não me sei dividir
para mim um balanço
é mesmo balançar
balançar é ter,dar balanço
e sair...
Pedes-me um sonho
pra fazer de chão
mas eu desses não tenho
só dos de voar
e agarras a minha mão
com a tua mão
e prendes-me a dizer
que me estás a salvar
de quê?
de viver o perigo
de quê?
de rasgar o peito
com o quê?
de morrer
mas de que, paixão?
de quê?
se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e nao ter, nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração...
Prendes o mundo
dentro das mãos fechadas
e o que cabe é pouco
mas é tudo o que tens
esqueces que às vezes
quando falha o chão
o salto é sem rede
e tens de abrir as mãos
Pedes-me um sonho
pra juntar os pedaços
mas nem tudo o que parte
se volta a colar
e agarras a minha mao
com a tua mao e prendes-me
e dizes-me para te salvar
de quê?
de viver o perigo
de quê?
de rasgar o peito
com o quê?
de morrer
mas de que, paixão?
de quê?
se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e nao ter, nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração...
de quê?
de viver o perigo
de quê?
de rasgar o peito
com o quê?
de morrer
mas de que, paixão?
de quê?
se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e nao ter, nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração...
Os meus cantinhos