Este é o meu refúgio, o meu abrigo. Aqui espelho o meu eu, sob a forma dos meus pensamentos feitos palavras...
Sentimento estranho este que me abraça e toca a pele, faz vibrar o corpo e estremecer a alma.
Não é amor, não será paixão, mas ainda assim vibra intensamente, ignorando de todo a minha inaptidão para reconhecer em mim esta sucessão avassaladora de acontecimentos e emoções.
Sinto-me... acho-me... creio...
Não.
Não sinto nem acho e muito menos creio.
No nada me sustento à imagem do trapezista que actua sem rede neste salto no vazio incógnito que é, afinal, a vida.
Na certeza do incerto apenas uma imagem, uma letra, uma melodia.
Uma lembrança... perdida nas lágrimas que flutuam livremente no fingimento de não sentir.
Som.
Só.
Flutuo prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />
Susana Félix
Flutuo, prefix = st1 ns = "schemas-houaiss/mini" />consigo prefix = st2 ns = "schemas-houaiss/acao" />deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá e eu não contesto
O meu destino está fora de mim e eu aceito
Sou eu despida de medos e culpas, prefix = st3 ns = "schemas-houaiss/dicionario" />confesso
Hoje eu vou fingir que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer que as coisas vão mudar amanhã
Flutuo, consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá e eu não contesto
Amanhã, pensar nisso sempre me dá mais jeito
Fazer de mim pretérito mais que perfeito
Hoje eu vou fingir que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer que as coisas vão mudar amanhã,
amanhã
Hoje eu vou fugir para não me dar a vontade de ser tua
Só para não me ouvir dizer que as coisas vão mudar amanhã,
amanhã, amanhã
Flutuo