Dizer que a vida é cheia de surpresas, actualmente, é muito mais do que um lugar-comum; de facto, perante os tempos que correm, tal constatação terá, a meu ver, ganho a designação de facto consumado.
É certo, também, que dado o seu carácter inesperado (ou não seriam surpresas) a forma como têm lugar nem sempre é a esperável ou desejável. Entre ficar atónito ou reagir brusca e violentamente (por dor ou júbilo, raiva ou tão só exaltação), resta a cada um de nós actuar de acordo com a sua própria personalidade (e consciência), estabelecer os seus juízos de valor perante a situação (ou não) e prosseguir.
Ainda assim, diz-se, o tempo é o melhor mestre: por ele tudo passa; através da sua passagem tudo se cura, independentemente da distância que possa mediar entre cada uma destas afirmações.
Posso afirmar que me encontro perante um ponto de viragem na minha vida que foi (ainda é e será durante o tempo estritamente necessário - sei-o bem) muito mais do que uma surpresa. Mais do que aprender a viver com a situação, há que apreender tudo o que da mesma possa advir para o meu próprio proveito, em termos de enriquecimento e evolução pessoal.
Nem sempre, contudo, a coragem para enfrentar desafios como este com que agora me deparo é óbvia, imediata ou sequer se faz sentir. No entanto, naqueles momentos em que a tristeza ameaça imperar e vencer, há pequenos grandes nadas que me dão novo alento para enfrentar e superar todo e qualquer obstáculo, como a bênção de poder observar um sorriso inesperado...
Então, como agora, sei que a vida é assim mesmo, uma eterna caixinha de surpresas por descobrir.
Enquanto prossigo, questiono-me (-vos): Qual será a próxima?
Beijos a todos. Boa semana.
Rosália :*)
Os meus cantinhos