Este é o meu refúgio, o meu abrigo. Aqui espelho o meu eu, sob a forma dos meus pensamentos feitos palavras...
Terça-feira, 12 de Maio de 2009
E de repente...
... mais uma estrela no céu, menos um amigo na minha companhia.
O Rocky era o pastor alemão mais meigo e ternurento que conheci. De facto, era o único da qual eu não tinha medo (depois de uma aproximação muiiiito lenta, sempre incentivada pela sua dona, madrinha do meu Apache e da minha Becas).
Ainda cachorrinho, foi-lhe diagnosticado um sopro cardíaco congénito. Não lhe deram mais do que três anos de vida. Superou-os. No ano passado, desenvolveu um enfisema pulmonar que quase o levou. Contudo, uma vez mais, entre medicamentos e muitos cuidados e carinhos, o meu bom gigante lá se aguentou e estava aqui "para as curvas...". Tinha feito oito anos em Fevereiro último.
Amigo, carinhoso e extremamente brincalhão, era um senhor companheiro para a Luna e a Rafa, já para não falar da gata Rita. Para nós, não há palavras que descrevam o seu companheirismo. Não chegam.
Hoje, ao atender o telefone, nada me fazia esperar a notícia que a madrinha, chorosa (seria possível não o estar?), me deu: "O Rocky morreu esta madrugada... uma torção de estômago... ficou-se quando estavam a assisti-lo."
Hoje já não vou receber o abraço do meu bom gigante, em pé, com as patas dianteiras firmemente apoiadas nos meus ombros (era da minha altura) enquanto me saudava alegremente... Já não vou fazer festas no seu pêlo luzidio, volumoso e inusitado (encaracolado no lombo)... Já não o vou ouvir saudar alegre e ruidosamente a minha chegada, apoiado na beira da marquise, atento, vigilante, imponente.
Hoje, de repente, perdi mais um amigo...
Rosália, 12/05/2009