Uniram-se duas almas e dois destinos, duas vidas.
Teve início uma vida em comum e o aprofundar de uma história de amor começada alguns anos antes, para sempre registada na forma de cartas idas e vindas do Ultramar, ainda hoje cuidadosamente guardadas em maços selados com fitas de seda, envoltas num singelo pano e guardadas no fundo da arca do enxoval, talhada em cânfora.
Dos anos comuns, houve de tudo um pouco e, seis anos passados, o amor de ambos frutificou sob a forma de uma criança há muito desejada.
Esta história terminou abruptamente, com a morte dele, mas o amor, esse, perdurou para sempre.
Ela juntou-se-lhe alguns anos depois e, quero acreditar, estão novamente juntos e libertos de todo e qualquer sofrimento, de qualquer sentimento menos bom, partilhando tudo quanto de bom ambos possuíam e olhando pela criança já adulta, que entretanto pronunciou o mesmo "sim" e persegue agora o sonho que, um dia, foi o deles: concretizar um amor lindo sob a forma de uma criança.
Há 43 anos, os meus pais casaram e a minha vida começou a desenhar-se no abstracto do seu amor e dos seus pensamentos.
Concretizou-se fisicamente há quase 37.
Hoje, quero dar-lhes os Parabéns e vê-los sorrir, senti-los felizes no meu coração, na certeza de que esta vida que juntos criaram os honrará para sempre, agradecendo-lhes o dom que é poder apreciar cada dia, cada momento e, acima de tudo, saber ser feliz.
Rosália.
Fernando Delmiro C. Sousa (09/06/1944 - 09/08/1986)
Porque a Vida nos afastou há mais anos do que aqueles que tive contigo.
A herança que em mim deixaste, de virtudes e defeitos, é indelével e o meu grande orgulho.
Imortal o amor que sempre te terei, pautado pela saudade do que não chegámos a viver.
Para ti, hoje e sempre.
Tua filha, Rosália.
Muito antes de este dia ser sinónimo (muito comercial, sem dúvida alguma) da celebração do Amor, da exaltação do ser amado, de tudo quanto tradicionalmente (ou não) associamos ao amor que une duas pessoas, vocês escolheram a data de 14 de Fevereiro para unirem os vossos destinos, para se tornarem, enfim, um casal, almejando o tão esperado "e viveram felizes para sempre".
Assim, a 14 de Fevereiro de 1970 celebrou-se o matrimónio de Maria de Fátima e Fernando. Não foi para sempre, mas foi, sem dúvida, "até que a morte os separe".
Todavia, o mais bonito da vossa história ficou sempre por contar, porque as partidas da vida a isso obrigaram. Tal foi-me dado a conhecer aos poucos, um diário aqui, uma carta ali, muitas outras acolá e inúmeros bilhetinhos trocados entre ambos que parecem brotar dos livros mais inesperados.
Afinal, tudo quanto eu sonhava que podia ser, foi mesmo: Vocês tiveram uma linda história de amor e... olhem aqui o resultado :)! Demorei, mas cheguei e não podia estar mais grata por estar aqui e pela verdadeira bênção de vos ter tido como pais. Só tenho pena de não ter tido mais tempo convosco, mas tudo tem uma razão de ser, não é mesmo?
Mãezinha, lembro-me que, depois da partida inesperada do Paizinho para aquele lugar tão longe que não mais o pudemos ver, passámos a celebrar esta data entre nós. Era uma maneira de o mantermos (ainda mais) vivo dentro do nosso coração e presente nas nossas memórias. Havia sempre um miminho, sempre que possível a lembrar a vossa história, que marcava o dia. E eu sentia-me especial, porque sabia (sempre soube) que também este dia marcou o início de quem sou.
Paizinho, quem me diria a mim que só passados 25 anos (quase 26) desde que (não) me despedi de ti, começaria a conhecer-te melhor e a ver que, afinal, não somos assim tão diferentes? Que, apesar de quase nada me lembrar de ti e do pouco que me foi contado, temos tantos gestos, gostos e pensamentos em comum? Não imaginas o que foi descobrir-te, pelas tuas palavras, escritas pelo teu punho, quando encontrei as ímensas cartas que escreveste à Mãezinha enquanto andavas pelo Ultramar...
Agora que também eu vivo a minha própria história de amor, com bilhetes, postais, cartas e outras modernices como e-mails e afins, sinto que foi uma bênção poder resgatar as vossas memórias de um passado não tão longínquo quanto isso, mas até agora desconhecido para mim. Afinal, não somos assim tão diferentes e é finalmente chegada a hora de perder os medos e de sentir que mereço ser feliz, aconteça o que acontecer.
Hoje é dia de S. Valentim, Dia dos Namorados e celebra-se o amor.
Eu celebro a Vida e recordo-vos... sempre!
Aos meus Pais, Feliz Dia dos Namorados e Feliz 42.º aniversário de casamento :).
Amo-vos muito... e obrigada pelo enorme Amor que trouxeram à minha Vida :). Tudo farei para o estimar, conservar e acarinhar, porque Ele merece :). Nós merecemos!
Rosália.
(Foto retirada da net)
... que (re)encontrei ao teu lado.
Família. O melhor de tudo. A maior bênção. O mais importante.
Com saúde. Com o suficiente para vivermos bem.
Contigo, connosco e com os nossos.
Festas Felizes.
Rosália.
... e eu ainda consigo surpreender-me como o tempo passa depressa!
É incrível!
Rosália, 24/06/2011
No 122º aniversário de Charlie Chaplin, uma música que me deixou "embeiçada" desde o primeiro instante em que a ouvi!
Bom fim-de-semana e... sejam felizes!
Rosália
... para aqueles momentos em que quase nos esquecemos do que realmente importa.
Continuação de boa semana!
Rosália.
Nós, juntos, podemos fazer qualquer coisa!
Sempre!
Amo-te.
R.
Os meus cantinhos