Há 11 anos, abracei-te uma última vez e, ao ouvido, segredei o quanto te amava.
Depois, lavei-te, vesti-te e acomodei-te o melhor que pude e consegui.
Custou-me muito deixar-te ir, partir, assim, de repente, depois de tantas batalhas travadas, num esforço que pareceu então tornar-se inglório perante o desenlace final.
Agora, 11 anos depois, abraço-te a cada dia na minha memória, enquanto sinto, ao ouvido, a tua voz segredar-me o quanto me ama.
Arranjo-me, visto-me e aconchego-me o melhor possível, enquanto me sento no sofá e recordo o teu sorriso, o teu cheiro e o teu calor.
Custa-me muito que aqui não estejas fisicamente, depois de tudo quanto juntas vivemos e partilhámos, mas sei que vives em mim até ao meu momento final.
Minha mãe, hoje e sempre, estás sempre em mim, no meu coração.
Rosália, 29/10!2010
Os meus cantinhos