Para começar bem o ano, nada como dedicar parte do fim-de-semana às belas das limpezas e arrumações. Diga-se, em abono da verdade, que este é daqueles tópicos que eu até dispenso (especialmente quando, como ontem, a chuva se vai embora e até temos direito a uma bela tarde de sol). Sei que é preciso fazê-las (nada mais óbvio!), mas paciência e vontade para as ditas é que é difícil, muito difícil mesmo...
Agora, quando se tem a sorte de se ter alguém ao lado com quem se trabalha cada vez melhor em equipa e que até sabe fazer as coisas melhor do que eu, os resultados só podem ser incríveis. Foi assim que, num espaço de poucas horas, o meu quarto se transformou e, de escuro, bolorento (e a começar a cheirar a mofo por causa da malfadada humidade que não nos dá tréguas...) e atravancado de tralhas, passou a limpo (olha, afinal a parede até é branca...), arejado e muito catita! Que orgulho!
Apenas uma nota: Senhores fabricantes de produtos de limpeza - Que tal inventarem um produto para limpeza profunda com lixívia mas sem o cheiro e os vapores tóxicos inerentes à dita? Para quem, como eu, não consegue respirar normalmente (ou seja, pelo nariz), estas aventuras de limpezas são um bocado complicadas, sabem? Fui expulsa do meu próprio quarto por não aguentar os vapores da dita e quase me dar uma coisinha má! A limpeza ia, portanto, sendo mesmo completa... O quarto e eu! Livra!
Outro saldo positivo: Descobri três quadros dos quais não me lembrava, de todo, do paradeiro (afinal, estavam em cima do roupeiro) desde as mudanças do último Verão, dois dos quais feitos aqui pela je e que em breve poderão apreciar no meu outro cantinho :-). Passem por aqui, por lá, mas passem... sempre. E já agora, digam de vossa justiça.
Também andam em limpezas?
Boa semana!
Rosália.
Eu sei que o blog tem andado outra vez ao abandono, eu sei. Não precisam de mo dizer ou sequer apontar!
Ainda assim, esclareça-se, em abono da verdade, que, desta vez, a culpa não é mesmo minha nem do meu natural “desnaturanço”. De facto, as máquinas cá de casa, que é como quem diz os computadores (o portátil e o desktop, vulgo computador de secretária) decidiram seguir o exemplo do meu telemóvel (que havia avariado no início do mês de Outubro... o visor teve um colapso e apagou-se de vez!) e, se ao primeiro lhe falta o carregador (um dos meus gatos decidiu armar-se em electricista com o fio de alimentação que liga o dito ao transformador... este ainda se aguentou até aqui a je não o ver, enfiar o pé e vai de dar um tropeção que levou tudo atrás e estragou o que já não estava grande coisa), ao ligar o segundo ouviu-se um “pum!”, seguido de um apagão no escritório e um intenso cheiro a queimado. Resultado? A fonte (500 watts) decidiu manifestar o seu desagrado face a uma longa ignorância (alguns meses sem que os seus serviços fossem requisitados) e, pronto, agora é que não trabalha mais! Pronto, eu sei que há coisas mais importantes e antes estes pequenos nadas (que até nos fazem alguma falta) do que uma doença ou até um braço ou uma perna partidos, mas... caramba! Tinha de ser tudo ao mesmo tempo?*
Se a tudo isto juntarmos algo de tremendamente perturbador que tem vindo a suceder de há umas semanas a esta parte, temos aqui um cocktail que nem vos digo nada. Senão, vejamos...
Sou uma pessoa naturalmente distraída. Assumo-o. É um facto. Ainda assim, distraída q.b. Quando era mesmo pequenita (em idade, entenda-se... já que em altura e largura, os factos tendem a ser contraditórios), a minha mãe costumava dizer que era preciso ter um cuidado imenso com tudo quanto se dissesse ao pé de mim, uma vez que, mesmo aparentando a maior das distracções, captava tudo e, do nada, fazia as perguntas mais... inesperadas, vá. Depois, também havia aquelas ocasiões em que me davam um recado, eu ouvia, respondia afirmativamente e... no instante seguinte já não me recordava de nada. A frase “só não perdes a cabeça porque a tens agarrada aos ombros” fazia muito sentido aqui por casa. Fazia, sim senhora.
Agora, se atendermos aos acontecimentos dos últimos dias, confesso que me assusto um pouco. Vejam lá se não tenho razão...
Na véspera dos meu 34.º aniversário (data magnificamente celebrada algures na passada semana), estando eu de férias, achei por bem ir tratar da renovação do meu velhinho Bilhete de Identidade, o qual caduca perto do Natal. Para não acontecer como da última vez (que só dei que o tinha caducado uns quantos meses mais tarde...), lá me dirigi à Conservatória do Registo Civil aqui do sítio para tratar de tudo a tempo e horas, sem pressas nem confusões. Lá fui e, com 18 pessoas à minha frente, entre presentes e ausentes, esperei uma hora e meia (sim, 60 minutos e mais outros 30 depois destes, contadinhos pelo relógio) e, enquanto o fazia, fui conferindo se tinha todos os documentos necessários comigo, pois desta vez já não vou ter um BI mas sim um Cartão do Cidadão, todo giro, modernaço e... carote.
Olhei diversas vezes para os dados que constam da parte de trás do BI para ter a certeza de que estava tudo bem e não era preciso fazer qualquer alteração. Assim, ao chegar a minha vez, lá me dirigi com um sorriso à senhora que me iria atender. Sentei-me e...
- Bom-dia. Vem então fazer o pedido para o Cartão do Cidadão?
- Bem, sim e não. Venho renovar o BI. Sabe, como caduca já em Dezembro, quero tratar de tudo a tempo e horas...
(Silêncio... Tic. Tac. Tic. Tac. Conferência de dados do BI e um olhar perplexo para o documento e outro dirigido à minha pessoa.)
- Ah, pois... mas olhe, só caduca em Dezembro de 2011. Quer avançar ou espera?
- !!!!!!!!! (2011? 2011? Eu tinha a certeza que estava lá 2010! Como 2011?) Ah... Bem... então... Olhe, deixe estar. Como não sei se haverá alterações, para o ano trato do assunto. Desculpe o tempo que lhe tomei, sim?
Giro foi explicar a quem me acompanhou por que razão estivemos aquele tempo todo à espera e saímos de lá num ápice e sem tratar do assunto que ali nos levara! Ui...
Regressei ontem ao trabalho e, hoje, como sempre, trouxe um dos trabalhinhos com os quais me costumo entreter durante a hora de almoço (que vos vou mostrando aqui). Pois sim. Trouxe o trabalhinho, com a renda por acabar... e deixei a agulha para a dita em casa! Perfeito!
Melhor ainda, ao acordar, reparei que o telemóvel estava a ficar sem bateria. Para evitar as correrias de última hora, tirei logo o respectivo carregador da gaveta e coloquei-o no saco do farnel, para não ficar “descalça” quando a bateria acabasse de vez. Hum, hum... muito bem, sim senhora. Ter trazido o carregador certo é que tinha calhado bem! Mas não... veio o outro que é tão, mas tão parecido que não dá mesmo para os baralhar!
Já me viram isto? Será da idade? Que é feito da minha atenção e da minha memória? Hello? Onde andam?
Deixo aqui um apelo: Se alguém as encontrar por aí a “laurear”, faça-me o grande favor de as devolver à procedência. Mal ou bem, ainda me vão fazendo falta!
Rosália, 09/11/2010 (sim, 2010... ainda não estamos em 2011. Bah!)
* Valha-me o portátil da minha cara-metade, o qual tem sido super-hiper-mega-usurpado quando o dono não pára em casa! Eheheheh!
Os meus cantinhos